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Brasão da Universidade Federal do Ceará

Universidade Federal do Ceará
Laboratório de Planejamento Urbano e Regional

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VILEGIATURA MARÍTIMA NO REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA (RMF)

ADAPTADO POR:

Miguel Ângelo de Lima FONSECA

miguelangelo544@gmail.com

Universidade Federal do Ceará

O desenvolvimento de práticas maritacas modernas no nordeste brasileiro apontam para o aumento de condutividade de investimentos públicos e privados. Similarmente esse processo encontra esse condições favoráveis para sua reprodução na região metropolitana de fortaleza, mediante isso grandes transformações ocorrem nas últimas décadas em decorrência desse fenômeno. A vilegiatura e os agentes sociais envolvidos em sua reprodução são um objeto importante, para compreensão das dinâmicas associadas a práticas marítimas Modernas, sendo a maritimidade conceito que norteia o entendimento de práticas relacionadas ao mar no decorrer da história humanidade.

No Brasil possui um elevado contingente populacional habitando a zona costeira, essa fato não se trata de um movimento aleatório, ele derivando de racionalidades mais variadas possíveis na concepção de ideário social, e do capital. Nesse sentido o espaço costeiro é historicamente apropriado de maneiras diferenciadas, e por agentes de grupos sociais diferentes, onde nesse território há um destaque para reprodução da logicas da segundas residências, esse recorte apresenta um complexo retalho de formas dentro do tessitura urbana. Assim a vilegiatura aparece como uma das práticas marítimas modernas mais proeminente na produção do espaço litorâneo do nordeste brasileiro, implicando modificações claras da, tessitura urbana, nas relações cotidianas, e nas dinâmicas naturais. A escolha do autor é região metropolitana de Fortaleza, justifica-se na relevância da concentração de residências secundárias nos municípios litorâneos e metropolitanos no estado do Ceará . Partindo então de todo esse aporte teórico, o autor procura captar características dos vilegiaturastes, com intenção de construir um perfil básico desse seguimento. Entretanto, não esquecendo a relação do contato de vilegiatura e habitação popular, e também praticas desenvolvidas por comunidades tradicionais e grupos mais pobres que habitam a Região metropolitana de Fortaleza. A principais fonte de dados são, censo, com destaque informações do IBGE entre 1980 e 2010, relatório do banco central, Dados da Secretaria de Turismo Estadual do Ceará (SETUR), relatórios do banco do Nordeste. A produção de novos dados feitos por meio de pesquisa, entrevista junto a vilegiaturastes. (Figura 1)

Figura 1 – Concentração de Segundas Residencias em Municípios Litoraneos no NE.

Portanto a concepção positiva projetada sobre o mar, e o marítimo nos trópicos, somados a execução de programas e planos de estruturação urbana, produzem espaços urbanos aptos, sobretudo na metrópole que possuem capacidade de dinamizar sua economia, e cooptar de outros investimentos. Em contrapartida a esfera pública, há a iniciativa privada, que encontra na valorização dos espaços, oportunidade de investimentos, na produção imobiliária permanente ou ocasional. Entre pontos positivos dessa dinâmica foram observados a dinamização da economia através do setor de serviços, geração de empregos mesmo que preconizados, nos pontos negativos pode-se apontar, inflação nos preços de imóveis, incômodos a comunidades locais, modificação de dinâmicas cotidianas.

Constata-se segundo os levantamentos que o perfil do vilegiaturista (comprador), é em sua maioria, indivíduos casados, com idade entre 41 e 60 anos, sendo professores ou empregados de nível superior, dirigentes do setor privado, com rendimentos mensais médios superior a dez salários mínimos. Acresce-se a essas informações que em sua grande maioria os vilegiaturistas residem no próprio estado (Ceará), com maior parte em fortaleza e sua região metropolitana, e outros municípios do interior (Figura 2)

Figura 2 – Localidades das Segundas Residencias

Outras parcelas sendo oriundos nacionalmente e internacionalmente. A frequência de utilização das segundas residências é regular, normalmente com família e amigos. Há predominância de compra de imóvel de uso ocasional pronto para uso, já do antigo proprietário. Em áreas mais dinâmicas há forte influência de agentes imobiliários. Para além disso foram observadas construções muito próximas ao mar, que devido ao frágil equilíbrio natural da dinâmica costeira, pode vir a torna-se um problema para os vilegiaturistas.

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