Área do cabeçalho
gov.br
Portal da UFC Acesso a informação da UFC Ouvidoria Conteúdo disponível em:Português
Brasão da Universidade Federal do Ceará

Universidade Federal do Ceará
Laboratório de Planejamento Urbano e Regional

Área do conteúdo

A Dinâmica do Espaço da Produção e Comercialização Têxtil e Confeccionista no Ceará

ADAPTADO POR:

Alexsandra Maria Vieira MUNIZ

geoalexsandraufc@gmail.com

Rodrigo Alves de LIMA

rodrigoalvesdelima13@gmail.com

Universidade Federal do Ceará

 A análise da dinâmica e inter-relações da indústria têxtil e confeccionista no espaço urbano permitiu o resgate de como se estruturou e consolidou o espaço da produção e comercialização têxtil e confeccionista no Estado até chegar ao atual contexto de reestruturação produtiva e espacial, privilegiando a delimitação temporal de 2002 a 2014.

O maior impacto econômico dessa atividade se dá em Fortaleza, sobretudo na sua zona oeste, e na RMF. Entretanto, de acordo com MUNIZ (2014) o ritmo de crescimento industrial em Fortaleza diminuiu e essa atividade se difunde para outros municípios da RMF, uma vez que esses municípios oferecem mais benefícios fiscais, além de facilidade no escoamento da produção.

O quantitativo industrial têxtil instigou a construção de uma tipologia por faixa de faturamento das indústrias têxteis espacializadas na RMF (Mapa 1).

Mapa 1 – Indústrias Têxteis no Espaço Metropolitano de Fortaleza

Fonte: elaborado pelo autor (a), 2014.

Quanto à faixa de faturamento, predominam as indústrias com faixa de faturamento até 150000, embora possamos encontrar também aquelas que chegam a faturar numa faixa até 250.000.000.

Pela análise do mapa 2 identificamos os bairros onde se encontram os trabalhadores das indústrias têxteis na capital. A “Regional II” foi a única onde não encontramos número considerável (somente em São João do Tauape) de trabalhadores da indústria têxtil, já que esta regional é composta por uma população com maior poder aquisitivo.

Mapa 2: Trabalhadores das Indústrias Têxteis em Fortaleza

O destaque da Capital e Maracanaú como parte da RMF no quantitativo industrial têxtil estadual, bem como do município de Jaguaruana que, logo após a RMF, se sobressai, notadamente com a produção e compra de fios e tecidos voltados para produção de redes só vem ratificar a notoriedade do Estado como o terceiro maior polo têxtil e confeccionista do País.

No trabalho de campo no município de Jaguaruana e com a ajuda dos dados do GIC(2014), foi possível espacializar as indústrias têxteis ativas (Mapa 3). As indústrias presentes em Jaguaruana que podem ser visualizadas no mapa 3, além de produzirem o fio que irá ser usado na indústria de redes, muitas também já produzem a rede como produto final.

Mapa 3: Indústrias Têxteis ativas em Jaguaruana 2014

A indústria têxtil, mesmo se mantendo concentrada na Capital e em sua hinterlândia, mantém relações com várias escalas espaciais, desde a compra da matéria-prima, passando pelo processo produtivo, até a venda do produto final, não obedecendo mais aos antigos padrões espaciais de hierarquia urbana, como foi visto, dentre outras indústrias têxteis e de confecção, no caso da indústria Unitêxtil que acompanha a própria história do desenvolvimento da indústria têxtil no Estado do Ceará.

Pela Figura 1 observamos o mercado consumidor da Unitêxtil que possui ainda diversos representantes em Fortaleza e nas regiões Sul e Sudeste.

Figura 1: Circuitos Espaciais da Produção da Unitêxtil

Os circuitos espaciais da produção (SANTOS e SILVEIRA, 2001) revelaram que as relações da Unitêxtil se dão tanto no espaço distante (nacional ou internacional) seja mediante a compra de matéria-prima e venda do produto final, como no espaço metropolitano (Maracanaú) ou intraurbano da Capital, seja através da venda do produto final ou parceria com outras indústria e contratação de serviços necessários ao escoamento da produção (transporte, alimentos segurança e embalagem).

A notoriedade da capital como polo têxtil e de confecção no espaço cearense se dá não somente pela existência de indústrias têxteis e de confecção, com a presença de algumas filiais das indústrias do Sul e Sudeste, mas também pela importância do comércio e de toda a estrutura voltada para este segmento.

Assim, pesquisa de campo permitiu ainda descobrir a existência de um verdadeiro nicho de produção e comercialização têxtil e de confecção na parte oeste de Fortaleza.

Figura 2– Espaço da produção e comércio têxtil e de confecção no entorno da Unitêxtil

Através de todo o arcabouço teórico e metodológico desenvolvido na análise do espaço da produção e comercialização Têxtil e Confeccionista do Estado do Ceará Muniz (2014) ratificou a tese de que reestruturação produtiva ocasiona um reordenamento nas forças produtivas, nas relações de trabalho e, notadamente, no espaço.

 

Referências Bibliográficas

MUNIZ, Alexsandra Maria Vieira. A dinâmica da indústria têxtil no espaço metropolitano de Fortaleza. 2014. 400 f. Tese (Doutorado em geografia) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2014. Acessado em

 

Logotipo da Superintendência de Tecnologia da Informação
Acessar Ir para o topo