Novas publicações no LAPUR. Confira!
Data da publicação: 29 de setembro de 2021 Categoria: Sem categoriaOs professores Alexandre Queiroz e Clélia Lustosa, do Laboratório de Planejamento Urbano e Regional, publicaram dois novos livros. Confira abaixo os títulos e as resenhas:
Vida e Morte na Fortaleza Antiga: A Higienização da cidade no século XIX
Maria Clélia Lustosa Costa
Este livro analisa a influência das teorias médico-higienistas
nas práticas urbanas e o seu impacto na organização do espaço e na
transformação da paisagem fortalezense, enfatizando, principalmente,
as intervenções no espaço público e privado.
A difusão de teorias médicas e hábitos europeus entre as elites
locais teve efeitos significativos na ordenação das cidades brasileiras.
Essas ideias orientaram as técnicas de organização do espaço urbano, as intervenções sobre a natureza e a elaboração de regras para localização e construção das cidades. Com o retorno das teorias hipocráticas, os elementos da natureza – o ar, a água e a terra – são vistos como inimigos em potencial, sobretudo em função do crescimento populacional, do adensamento urbano, da industrialização e, de modo geral, das intervenções humanas. As práticas médicas e as intervenções no espaço urbano são
discutidas com base nas teorias miasmáticas e contagiosas e levam em consideração, principalmente, os elementos do meio natural, os focos de infecção e os espaços construídos pelo homem, como cemitérios, hospitais, prisões, dentre outros, que foram acusados como responsáveis pela disseminação das doenças (COSTA, 2002, 2012, 2014, 2017).
Trecho retirado do Livro
Espacialidades Turísticas – Do Regional ao Global
Alexandre Queiroz Pereira e Eustógio Wanderley Correia Dantas
A atividade turística converteu-se ao longo do século XX em um dos maiores sucessos tanto econômicos como comportamentais na escala mundial. Diante da consideração do turismo como uma prática das minorias, das elites, seguindo o modelo do Grand Tour, na passada centúria – primeiro as reivindicações sindicais e logo as de amplas camadas populares com direito a férias remuneradas –, ela provocou o nascimento do denominado turismo de massas, desde a década de 1950. Essa modalidade de viagem e descanso buscava a ruptura com
a vida cotidiana nas cidades e nas empresas: o sol, o lazer, e habitualmente destinos costeiros, litorais, e vivenciar um jeito completamente distinto de desfrutar da vida durante uns dias ou semanas. O auge do turismo de massas, litoral e climático, foi tão importante que a urbanização gerada pelo mesmo definiu regiões inteiras. Do mesmo jeito que as fábricas criaram corredores e metrópoles industriais na Inglaterra ou na Alemanha desde o século XVIII , o turismo tem construído cidades ao longo de setores costeiros amplos, como o Sul da Flórida, a Costa Azul, as ilhas Canárias e Baleares, ou o Algarve, citando apenas alguns exemplos. Sem dúvida, essa atividade gerou riqueza e muito emprego e, às vezes, estruturando destinos claramente elitistas como Mônaco ou Palm Beach; em outras ocasiões, ela organizou sociedades duais com uma minoria de pessoas de classe alta e acomodada e milhares de trabalhadores sem qualificação profissional que atendem à enorme diversidade de serviços criados. No desenvolvimento do turismo, os espaços do litoral e da costa foram os mais destacados no nível mundial e em muitas regiões. Portanto, é importante lembrar as diferenças que a geografia, a análise territorial, faz dos dois conceitos interligados. A costa, melhor dito, a linha costeira, é o ponto de contato entre
o continente e o mar, ou o oceano
Trecho retirado do Livro
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